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Botafogo sofre para conter exagero na liderança de Seedorf. E tudo indica que poderá ficar pior…

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seedorf divulgacao botafogo futebol e regatas Botafogo sofre para conter exagero na liderança de Seedorf. E tudo indica que poderá ficar pior...

Divulgação / Botafogo Futebol e Regatas

 

 

 

O bom, organizado e bem treinado time do Botafogo não vence há quatro rodadas no Brasileirão.

 

 

Foram três derrotas seguidas e um empate em 1 a 1, na 25ª rodada, na quarta-feira (2), contra o Fluminense.

 

 

Com isso, o Fogão perdeu a segunda posição para o Grêmio.

 

 

Hoje, com apenas 1% de chances de conquista segundo o matemático Tristão Garcia e distante 13 pontos do líder Cruzeiro (este com 95%), o Glorioso, na prática, abandona a luta pelo título.

 

 

Se vier uma vaga na Libertadores estará de bom tamanho.

 

 

 

Em meio a esta visível queda de rendimento, as reclamações sobre os exageros cometidos pelo cracaço  holandês de origem surinamesa Clarence Seedorf na sua liderança sobre o grupo de atletas voltam com força nos corredores e bastidores do clube.

 

 

 

Companheiros de elenco reclamam da forma supostamente exagerada e autoritária do craque para solicitar atitudes dos parceiros dentro de campo.

 

 

 

E até, supostamente, posturas pessoais e profissionais fora dele, o que incluiriam até mesmo, digamos assim, "dicas" e "sugestões" de trabalho com este ou aquele assessor, agente ou grupo empresarial.

 

 

 

À boca pequena, os jogadores definem o meia como uma espécie de murrinha do bem.

 

 

Reclamam que, apesar de inteligente e respeitado, o craque muitas vezes perde a mão na hora de identificar o tom de suas cobranças e a abrangência dos temas nas conversas com o grupo.

 

 

Tudo isso talvez por se equivocar ao avaliar até que ponto pode ir em função do que verdadeiramente construiu em sua carreira internacional brilhante e salpicada de títulos.

 

 

 

 

Afinal de contas, por mais vencedor e dono de boa conduta que seja, Seedorf trata com colegas de profissão adultos e independente como ele. Há que se ter cuidado. Muito cuidado.

 

 

 

 

Seedorf é um jogadoraço.

 

 

 

Vencedor, atleta experiente e profissional responsável.

 

 

 

Tudo isso não se discute.

 

 

 

 

Com todo esse currículo, pode - e talvez até deva - assumir algum tipo de liderança positiva diante do grupo.

 

 

 

Mas essa liderança deve ter supervisão e, acima de tudo, controle e limite claramente definidos pela presidência, diretores e comissão técnica do clube.

 

 

 

O Botafogo tem um presidente sensato, diretores equilibrados e um técnico competente e centrado, o Oswaldo de Oliveira.

 

 

 

O problema é que, apesar deste elogiável time fora de campo, o clube passa, de forma reincidente, uma suposta incapacidade ou, no mínimo, leniência na tarefa interna de controlar os impulsos excessivos de liderança de Seedorf.

 

 

 

E isso é um prato cheio para estimular o desequilíbrio e a má vontade de parte do grupo, o que claramente parece estar acontecendo.

 

 

Mesmo porque há uma diferença clara entre as circunstâncias que fazem Seedorf  líder no Botafogo e as que determinaram, por exemplo, a liderança de Zico no Flamengo de 1980, de Roberto Dinamite no Vasco do mesmo período ou de Rogério Ceni no São Paulo, apenas para citar três exemplos marcantes.

 

 

 

Ao contrário dos três citados acima, Seedorf não foi formado no clube que hoje lidera.

 

 

 

Em segundo lugar, é estrangeiro - e quem convive com boleiro brasileiro sabe o quanto isso faz diferença quando o assunto é liderança.

 

 

 

Seedorf ajudou o Botafogo a recuperar prestígio, imagem de mercado e capacidade de atração de parcerias importantes e bem remuneradas nos últimos meses.

 

 

Informações dão conta de que apenas a sua presença no elenco ajudou o Botafogo a aumentar de R$ 10 milhões para R$ 16 milhões o valor total do patrocínio anual.

 

 

 

Tudo isso é verdade.

 

 

 

E parece inibir o educado presidente e o doce técnico na tarefa de delimitar claramente o ponto em que termina a colaboração da forte personalidade de Seedorf e começa o território a ser controlado pela diretoria e a comissão técnica.

 

 

 

Essa hesitação, este deixa que eu deixo, começa a dar sinais de que vai estourar a qualquer momento e derramar coisas ruins para o clube e a bela campanha que, apesar da queda de rendimento, o elenco ainda faz este ano.

 

 

E isso é um perigo que deve ser evitado a qualquer custo.

 

 

É isso.

 

 

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